sexta-feira, 12 de junho de 2009

A EVOLUÇÃO DO VESTUÁRIO ATRAVÉS DOS TEMPOS

Viva La Vida - Cold Play

Now Playing: - Viva la vida

O Vestuário na Pré-História











Na Pré-história, com o contínuo aumento das populações e pelo facto de ser apenas recolector, o homem sentiu necessidade de se deslocar em busca de alimentos noutras terras. Com essa deslocação o homem deparou-se com a variação climática em cada região por onde passava. Assim surgiu a roupa. O homem precisava de se agasalhar e proteger do frio. Porém as roupas também eram usadas para o homem se exibir, crença em protecções mágicas e o seu próprio pudor.
Na época essas roupas eram feitas de peles de animais. A pele era bastante dura e apenas cobria poucas partes do corpo e perceberam que se as mastigassem ficariam mais maleáveis e, assim, cobriam mais partes.
Porém a utilização de peles de animais, amarradas ao corpo, embora o tornassem mais agasalhado contra o frio e mais protegido contra espinhos e vegetação, dificultavam-lhe os movimentos, fazendo com que tivesse menos agilidade ao fugir dos predadores. Com o tempo a roupa foi-se tornando cada vez mais um símbolo de poder.
Por outro lado o homem da pré-história, desde muito cedo começou a enfeitar-se. Este reparou que nos animais o macho destacava-se das fêmeas pela sua beleza e, assim, teve a ideia de remediar as suas imperfeições embelezando-se com adornos.
Na pré-história os adornos eram colares de pedras coloridas ou enfeites de chifre polido espetados nas orelhas e no nariz.
Acreditava-se que no final da Idade da Pedra, há 25 mil anos atrás, o uso de roupa já fosse corrente e que a técnica de fabricação de fios já tinha sido dominada.
Com o tempo as técnicas melhoraram, permitindo a formação de peças de roupas mais elaboradas.

O Vestuário no Egipto Antigo










No Egipto os tecidos e a forma como eram elaboradas as roupas modificavam-se de acordo com a hierarquia social. Os acessórios eram também diferenciadores sociais.
A vestimenta básica era o Chanti usada por homens, como uma saia, e por mulheres, longo cobrindo todo o corpo.
Os escravos apenas usavam branco.
As classes baixas vestiam-se de modo simples, com pouca roupa.
O povo andava descalço ou com sandálias de fibra de papiro. O traje da classe alta, mais concretamente do faraó e da sua corte, denominava-se de Kalasyris. Era uma túnica larga de linho muito fino e transparente, ornamentado com ouro e pedras preciosas especialmente turquesas e lápis-lazul. Quando se deixava a descoberto o dorso masculino, colocava-se uma roupa complementar de nome Neket que se assemelha a um cinto de forma triangular feito de linho e com pedras preciosas a adornar. Também se usava como complemento o Hosch que era uma espécie de pequena capa que se usava sobre os ombros e o peito.
As mulheres tinham como traje principal a Loriga que tinha uma forma tubular muito justa ao corpo e confeccionada com tecidos semelhantes à malha. Como complemento usava-se a Túnica de Ísis sendo esta uma espécie de manto em forma rectangular. Elas eram, também, adeptas da maquilhagem onde o olho era marcado com linha preta e sombra verde.
No que tocava a penteados, devido ao forte calor da região e ao facto do piolho ser uma praga local, homens e mulheres usavam o cabelo rapado e perucas no seu lugar e como medida higiénica removiam os pêlos corporais.
As classes altas usavam perucas de vários cortes e ornamentos muito inspirados na religião.
As jóias utilizadas tinham como principal função expressar a devoção religiosa.

O VESTUÁRIO NA GRÉCIA ANTIGA

















Na Grécia Antiga criou-se o critério clássico de beleza: a harmonia pela simetria entre os lados esquerdo e direito do indivíduo. Para eles era mais importante o valor estético do que o erotismo.
Estes tinham como constante nas vestimentas, decorações de origem arquitectónica e isso reflecte-se no corte rectangular das roupas.
A população grega utilizava uma túnica ornamentada com este corte. Os materiais mais utilizados na elaboração desses mesmos trajes eram a lã artesanal, o linho e em algumas ocasiões a seda.
A vestimenta principal era o Quiton, um rectângulo de tecido que se assemelha a uma túnica colocada no corpo, presa nos ombros e debaixo dos braços. Sobre os ombros era presa com broches ou agulhas de nome Fíbula e na cintura por um cordão ou cinto. Esta era bastante longa chegando, nos adultos, a bater no tornozelo e, no caso dos mais jovens, até aos joelhos.
Quando a túnica cobria apenas um ombro era-lhe atribuída o nome de Exomide.
A vestimenta feminina era ligeiramente diferente da masculina. Resumia-se a um tecido rectangular, continha cordões ou correias ao nível da cintura como decoração e eram bastante decotados.
Usavam também uma roupa complementar, o Pharos (vestido jónico) que tinha a função de xaile.
Para protecção contra o frio usava-se o Himation cobrindo o corpo todo do indivíduo. Os filósofos gregos usavam-no como traje básico, simbolizando a simplicidade e elegância promovidas por esta cultura.



APRESENTAÇÃO - O VESTUÁRIO

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O Vestuário no Império Romano

O traje romano foi extremamente influenciado pelo vestuário grego.
Em Roma o traje civil era formado por dois tipos de roupa: uma era uma túnica de formato rectangular feita em linho ou lã que cobria todo o corpo. Ao longo do tempo começaram a utilizar-se uma túnica interior e uma exterior com mangas rectangulares ao nível do cotovelo. Outra era uma túnica semelhante à anterior mas que tinha um capuz.
Debaixo das túnicas usava-se a Femoralina, umas calças apertadas até aos joelhos feitas de peles de origem bárbara.
Para além do traje civil, também se usava o Amictus, mantos rectangulares de inspiração grega que variavam no desenho e na cor e tinham um carácter envolvente. Eram característicos da plebe romana, denominada de Toga.
Existiam diversas vestimentas complementares: - Palla → manto rectangular de carácter envolvente;- Flameum → véu rectangular, de cor laranja, fixo sobre a cabeça como uma coroa com encadeamento de pérolas.
Os materiais utilizados nestas vestimentas eram essencialmente o linho, a lã e seda de várias cores (a plebe romana descobriu tintas de origem vegetal e animal).
As mulheres utilizavam túnicas longas com mangas. As vestimentas íntimas femininas eram feitas de linho e apresentavam uma forma rectangular, que se cruzava sobre o peito.
Os meninos usavam ao pescoço um pendente em forma de concha marinha, a qual abandonavam no momento de vestir a Toga, que representava a idade adulta.
A partir da época imperial, devido ao alto nível de vida e da cidadania romana, começaram-se a usar novos acessórios e indumentárias tanto ao nível feminino como masculino. O desenho deste inspirava-se na religião e em objectos animados ou inanimados, naturais ou feitos pelo homem aos quais se atribuía poder sobrenatural ou mágico e se prestava culto.
Os materiais de joalharia mais utilizados eram ouro, prata, pedras preciosas e semi-preciosas, cobre, bronze e ferro.
As jóias mais apreciadas eram as pérolas.
Os símbolos mais usados eram o Cupido, aves e cenas mitológicas.

O Vestuário na Idade Média








As características das vestimentas da época Medieval surgiram graças à influência das cruzadas.Poucas pessoas podiam-se dar ao luxo de se vestirem com elegância, já que a sociedade estava estratificada em ordens onde o que contava era o poder económico.As formas rectangulares dos períodos anteriores evoluíram, tornando-se mais modeladas ao corpo.No século XI as classes baixas usavam Greguescos (calções largos), Saios (espécie de vestido sem botões que chegava ao joelho) e capas com capuz. As classes altas usavam túnicas até ao pescoço e apertadas na cintura, Gloneles (espécie de vestido com mangas largas) e xailes que cobriam e protegiam as costas. Calçavam Bozerguins (espécie de botas), sapatos fechados bicudos e Polainas, nome que se dava às meias da época. Por norma os homens utilizavam o cabelo encaracolado e a barba curta.As mulheres usavam vestidos justos ao corpo, com pequenos decotes e ornamentados com jóias em ouro na cintura. Os penteados eram feitos geralmente de risco ao meio e algumas mulheres utilizavam tranças.Todas as roupas eram feitas à mão, com algodão, peles ou couro, por artesãos.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O Vestuário na Idade Moderna

A época Moderna trouxe grandes mudanças na vestimenta das ordens sociais, especialmente devido à influência Renascentista iniciada no século XIV.As roupas tendem a perder excelência, tornando-se mais moderadas ao nível dos adornos e decorações. Porém, nota-se neste período, uma falta de naturalidade no modo de vestir, falar e gesticular.No século XV o homem continua a utilizar o Gibão, embora mais pequeno, e com uma espécie de colete por baixo. As mangas eram grossas e utilizavam calças justas que se prolongavam até à cintura. Vestiam também a Gonela (túnica antiga de pele ou seda), o Saio, a Opalanda (manto grande, largo e luxuoso, usado especialmente pelos estudantes universitários), a Dalmática (vestimenta sagrada), o Tobardo (antigo capote com mangas e capuz) e a Samarra (espécie de casaco feito de pele de cordeiro). É de notar que as roupas masculinas passaram a ser mais pesadas. O calçado era geralmente pontiagudo e utilizavam-se botas de cano alto e pantufas. Os sapatos eram todos muito elaborados em veludo. Por norma utilizavam cabelo comprido e madeixas.As mulheres passaram a utilizar vestidos firmemente atados ao busto, afunilados, com caudas compridas, enchumaços postiços nas ancas e surgiram os Mirinaques (vestimenta interior feminina de tecido rijo e almofadado, armado com aros que davam volume à saia). As mulheres de classes inferiores usavam vestidos muito simples.O século XVI sofre grandes influências da corte espanhola, uma das mais importantes da época.Os homens utilizavam calções muito largos com aberturas laterais e com um cinto com fivelas. O Gibão permanecia a vestimenta básica. Vestiam-se também coletes, camisas complementadas com tiras envoltas em seda, mantos, capas e casacos curtos com lapela e mangas. Uma das principais tendências, por parte dos membros das cortes, era o uso de grandes colarinhos no pescoço. No calçado passou a ser muito utilizado o veludo, sempre de pontas quadradas e botas de tacão alto, sendo este de cores diferentes. Passou a utilizar-se o cabelo curto e a barba pontiaguda. Como adornos ao cabelo utilizavam-se barretes e gorros.As mulheres utilizavam vestidos em que a saia era constituída por dois ou três saiotes sobrepostos. Estes eram ajustados ao corpo e tinham grandes decotes. Como adornos utilizavam colares, pendentes e medalhas. Os cabelos eram cobertos por pequenas toucas ou barretes.No século XVII os franceses passaram a dominar a moda na Europa e as suas roupas eram repetidamente copiadas por outros países.Os homens utilizavam vestimentas com tecidos largos, mangas justas e coletes sobre as roupas. Uma das principais tendências era as golas altas bordadas e rendadas e as jaquetas adornadas. O calçado continha bastantes acessórios como laços e fitas. Na cabeça utilizavam chapéus.A vestimenta feminina passou a contar, também, com mangas justas nos vestidos, luvas, golas altas e mantos. O calçado era de ponta achatada que depois se estreitava.No século XVIII os franceses continuaram a ditar as tendências da moda. Esta passou a mudar mais frequentemente, mas apenas as pessoas mais ricas podiam seguir as ultimas tendências.Os homens utilizavam calções curtos com meias de seda. A meio do século reduziram-se as pregas laterais nos calções e estes passaram a ser mais justos. Com a queda da dinastia francesa retornaram os trajes simples, os coletes, as gravatas e as casacas largas. Utilizavam perucas adornadas com laços ou fitas. Depois da revolução francesa começou a usar-se o cabelo mais comprido e liso.As mulheres usavam vestidos amplos com decotes acentuados com mangas largas. Desapareceu a armação das saias após a revolução. Utilizavam também jaquetas, mangas largas e saias com pregas. Os sapatos eram de salto alto e ponta estreita. Os penteados eram volumosos e ornamentados com plumas.Podemos concluir que a moda na época Moderna se alterou bastante ao longo dos séculos.

O Vestuário na Época Contemporânea


A expansão industrial, iniciada no século XVIII em Inglaterra, registou no século XIX uma grande evolução e expansão por todo o mundo.Para esta expansão contribuíram os progressos nos meios de transporte e de comunicação, o crescimento do capitalismo e, também, o avanço das ciências exactas, que se desenvolveram muito devido ao interesse surgido nos séculos anteriores.Esta expansão provocou transformações sociais (como o crescer do poder da burguesia e a fraca condição operária) e económicas (como o crescimento de fábricas e a organização racional do trabalho). Isto tudo levou à produção em massa e ao crescimento industrial.Este crescimento industrial, a chamada Revolução Industrial, não só se desenvolveu, em grande parte, devido à investigação e aos progressos científicos, como também devido à descoberta e utilização de novas fontes de energia (petróleo, gás, gasolina e gasóleo) que permitiram o surgimento de máquinas a vapor e de transportes que funcionavam com estes combustíveis.Foi também no século XI que se difundiu a electricidade, a energia mais revolucionária do século, sendo esta uma energia mais limpa e saudável que as fontes de energia anteriormente descobertas. Esta nova energia permitiu o aumento das jornadas de trabalho, com o aparecimento do trabalho nocturno e, também, uma maior segurança nocturna nas cidades.Foi nesta época que se registou um enorme fluxo de migrações internas, como o êxodo rural.A população cresceu muito, principalmente nas cidades o que as tornou nos principais focos de desenvolvimento. Este acelerado crescimento alterou profundamente os comportamentos e fez surgir o problema da falta de espaço e de habitação nas cidades. Para a sua resolução criou-se os Planos Urbanísticos, que tinha como objectivo organizar e planear, de forma eficaz e agradável, a área habitável das cidades.Acabou-se com a sociedade de ordens do Antigo Regime e reconheceu-se a igualdade de todos perante a lei na chamada sociedade de classes. Esta sociedade era composta pela alta burguesia, pelas classes médias e pelo “proletariado”.A alta burguesia era composta pelos indivíduos ou famílias que se dedicavam à indústria, bancos, bolsas, companhias comerciais e agrícolas e à política.Nas classes médias inseriam-se a média burguesia (pequenos patrões de empresas, chefes de escritório) e a pequena burguesia (lojistas e pequenos comerciantes, mestres de ofícios e empregados bancários e do comércio).O “proletariado” era composto por todos aqueles que, não tendo possibilidades económicas, vendiam a sua capacidade de produzir trabalho (força de trabalho). Estes viviam exclusivamente do seu salário.
Pode dizer-se que a época Contemporânea iniciou-se verdadeiramente em 1789, com a revolução francesa, tendo esta se desviado dos cânones estéticos da época Moderna. Caracterizou-se pelo grande avanço da indústria (Revolução Industrial), o que permitiu um desvio, tendo sido iniciada uma época de grande prosperidade. Com a Revolução Industrial muitos artesãos, que fabricavam roupas à mão, faliram e as pessoas que não tinham muitas possibilidades económicas passaram a fabricar as suas roupas em casa. Apenas os mais ricos conseguiam adquirir as roupas fabricadas pela maquinização.Foi nesta época que a designação de “ordens” se alterou, tendo passado a designar-se por classes sociais.No século XIX os homens começaram a vestir calções com uma faixa de seda, jaquetas, coletes curtos e gravatas compridas. Os sapatos eram de ponta estreita.Em 1840 o Fraque era justo e os Saios estreitos.Neste primeiro século os trajes da mulher sofreram grandes modificações. Em meados do século reapareceu o Mirinaque. Em 1830 as saias tornaram-se mais curtas e utilizavam-se camisas ou túnicas com mangas largas e em balão. Os penteados eram geralmente tranças compridas e também se utilizavam redes no cabelo. Os sapatos eram abertos com fitas cruzadas.Apesar da grande mudança neste século, as pessoas continuaram, em grande parte, adeptas das roupas tradicionais. A grande mudança nas suas mentalidades veio a ser concretizada apenas no século XX.
Da estilista Rita Guerra em 23:32 0 comentários

Século XX (1890 - 1930)







Os anos de 1810 a 1910 ficaram marcados pela ostentação, riqueza e extravagância, tendo sido aclamado de Belle Époque (Época Bela). Este foi um período importante para a moda, uma vez que se introduziram mudanças significativas nos adornos dos vestidos com o enchimento de crinolina com seis aros para dar volume ao vestido. Este tipo de adornos foram os que marcaram mais esta época. Devido a esta armação pesada houve necessidade dos modistas inventarem algo mais cómodo.
No início dos anos 1900 surgiu o ideal da “menina Gibson”, um ideal feminino que se iria tornar num exemplo a seguir. Era um criador que atribuía a este novo modelo, os valores e costumes adequados a uma dama. Este novo ideal de mulher devia ter o peito erguido e coxas salientes. Anos depois apareceu a mulher com forma de “S” que realçava a figura feminina. Agora a imagem feminina era a de uma mulher trabalhadora, que lutava pelos seus objectivos, nomeadamente o direito ao voto, passando a tratar de assuntos que, até então, pertenciam ao sexo masculino.Em 1910, surgiu uma mudança influenciada pelo “Ballet Russo”. As cores chamativas foram substituídas pelas cores pastel. Bailarinas sensuais, como Isidora Duncan, transformaram-se em ícones de beleza. Por consequente as mulheres atreveram-se a desafiar os princípios morais, começando a mostrar o corpo, o que não foi fácil devido à intromissão da igreja. As golas altas deram lugar aos sensuais decotes e as saias ficaram mais curtas deixando à vista os tornozelos, chocando muitos, por as pernas femininas representarem um símbolo erótico que provocava luxúria nos homens.Em 1914, com a chegada da 1ª Guerra Mundial, desapareceu por completo o luxo da moda francesa e inglesa, onde era evidente a alta-costura.Em 1918 apareceu na moda o corte recto (tipo tubo). O corpete começou a ser usado para diminuir o busto e não para o levantar. Os vestidos cintados deram origem a dois tipos de mulher, as que tentavam ser mais parecidas com o homem e as antigas beldades femininas. Surgiu assim o estilo “Gazanne”, onde as mulheres para ganhar melhores salários tinham de se parecer com os homens, cortavam o cabelo, começaram a sair, dançar e eliminar os padrões estabelecidos que os diferenciavam.Em 1920, a moda é marcada pelo uso do sapato alto, perucas e rendas. A moda desta época estava livre dos espartilhos que se usavam no século XIX. As saias já mostravam mais as pernas. A maquilhagem era forte e a tendência era o baton, cores fortes nos olhos e as sobrancelhas eram arranjadas.Foi em 1925, a época de Hollywood, que estilistas como Coco Chanel e Jean Patou criaram roupas para celebridades. Esta época é marcada também pela silhueta dos anos 20, onde os vestidos eram mais curtos e leves com os braços e as costas à mostra. O tecido predominante era a seda. As meias eram em tons de bege, surgindo as pernas nuas. A atenção estava toda centrada nos tornozelos.Em 1927, Jacques Doucet, figurinista francês, subiu as saias ao ponto de mostrar as ligas rendadas das mulheres. Foi a época da Coco Chanel, com os seus cortes rectos, capas, blazers, colares compridos, boinas e cabelos curtos. Durante toda a época Chanel lançou uma nova moda após a outra, sempre com muito sucesso.Devido à queda da economia em 1929, a indústria introduziu o linho como material da moda e os materiais artificiais eram a seda sintética que reembelezaram rapidamente as antigas sedas naturais.




Século XX (1890 - 1930)



Após a crise de 1929, devido ao crash da bolsa de Nova Iorque, um desejo crescente de glamour e ostentação instalou-se no subconsciente colectivo o que resultou numa moda cheia de cetim, veludo, jóias, peles e chapéus na década de 30. As saias nesta época eram amplas e compridas num ambiente muito romântico. Porém a 2ª Guerra Mundial veio transformar, novamente, as tendências.Com a 2ª Guerra Mundial as mulheres sofreram limitações horríveis e tiveram de substituir os homens no mercado de trabalho.Assim, instaurou-se uma moda mais funcional onde se usavam roupas de estilo militar e saias mais curtas e rectas com tecidos muito simples devido à pobreza no continente.Em 1945, com o fim da guerra, tentou-se novamente trazer para a sociedade a luminosidade de glamour dos tempos passados. Em 1947 surgiu o New Look, que imperou por toda a época de 50, e consistia numa cintura bem marcada e em saias extremamente rodadas até perto da canela, estilo Marilyn Monroe. Em oposição a esta elegância surgiu a “moda estudantil” mais desportiva e cómoda. A banda britânica Beatles criou uma moda particular de botas pontiagudas e altas que causaram uma grande revolução social.



Século XX (1970 - 1990)

Foi nos anos 60 que a juventude marcou a sua posição e intervenção na moda. Esta situação foi provocada por alterações económicas, políticas e sociais. Porém, foi a musica a principal libertadora das mentalidades jovens, reprimidas durante muito tempo. Estes foram anos de diversão e de uma constante busca de identidade.A década de 70 ficou marcada pela diversidade de formas e de estilos. Os jovens lutaram pelos seus ideais, tendo surgido neste contexto duas correntes de moda jovem:• O psicodelismo: saias curtas, extravagantes, coloridas e chamativas;• O hippie: saias longas e estilo indiano.Esta geração procurou a tranquilidade com o regresso à natureza e com a utilização de materiais simples como o algodão e a lã. Fazia furor o “retro”.A inconformidade com o mundo de conflitos e ambições levou os jovens a olhar para o Oriente, especialmente para a Índia e para a religião Hindu. Numerosos artistas, como os Beatles e Jane Fonda, profetizaram este culto e expandiram-no pelo Ocidente, de cuja experiência se extraiu todo o movimento social – Flower Power Hippie.Assentes na cidade estudantil de São Francisco, os jovens viviam em comunas, consumiam comida macrobiótica e fumavam marijuana sem restrições. Devido a esta forma de vida nasceram os clássicos “patas de elefante”, as camisas hindus, o cabelo comprido e um ideal pacifista, cujo principal centro de ataque era a Guerra do Vietname e o governo norte-americano.As flores, símbolo da época, usavam-se nas roupas, no cabelo e representavam a ideologia ilusória que os guiava na chamada “Revolução das Flores”.

terça-feira, 9 de junho de 2009